terça-feira, 31 de maio de 2011

E quando vêem as fotos, em silêncio fazem o mesmo pedido, que aquele amor de outrora, ainda seja verdadeiro...

Mas, se nada é por acaso, porque tantos desencontros 
e despedidas, passam pela vida?

”Ele pode estar olhando as suas fotos. Neste exato momento. Porque não? Passou-se muito tempo. Detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz. Escondida. Sem deixar rastro nem pistas. Talvez ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim preferir o silêncio. Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes. Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez ele perceba que você faz falta. E diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez ele volte. Ou não.”
Caio Fernando de Abreu


Algumas coisas por mais impossíveis que pareçam, foram 
feitas para se encontrar e finalmente darem certo, mesmo que 
no principio nos pareça distante, não é mesmo?
Porque se assim for, eu aceito cada contratempo, se 
este me levar pra mais perto de onde estás...

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